Opinião:
Policial, thriller
psicológico é outro género literário pelo qual sou totalmente viciada, e este
autor Donato Carrisi conquistou-me como os seus livros anteriores.
Nesta narrativa temos
de volta a personagem Mila Vasquez, por quem senti uma forte empatia no livro Sopro do Mal, passaram-se sete anos, Mila tem marcas físicas e psicológicas
profundas, continua a ser uma investigadora
muito peculiar, trabalha no departamento chamado “Limbo” onde é responsável
por descobrir pessoas desaparecidas, é onde se sente como um peixe dentro de
água.
Mila é chamada
quando ocorrem vários homicídios, o mais estranho nisto tudo é que se descobre
que são praticados por pessoas que foram dadas como desaparecidas, algumas
desapareceram há vinte anos e de repente aparecem porque? quem pode estar por
detrás do seu aparecimento e destas mortes? Tudo aponta que seja alguém o
impulsionador destes crimes, que se sucedem uns atrás dos outros.
Mila tem muitos
fantasmas do passado com que tenta lidar diariamente, a sua vida pessoal é um
caos, e sente conforto precisamente quando investiga nas profundezas, quando se
entrega de corpo e alma a procurar pessoas que desapareceram, talvez seja a sua
forma de lidar com a sua parte psicológica, porque no fundo sabe o que sentem
aqueles que como ela tem que lidar com sequelas de um passado marcante, demonstra uma inteligência e perspicácia fora do comum, e a sua intuição raramente falha.
Neste livro Mila vai
trabalhar com um agente especial, Simon Berish, que foi deixado de lado, alguém
que está ao seu nível, mas tal como ela também Simon esconde segredos, que não
quer ver revelados. Mas ambos são bastantes perspicazes e competentes
interpretam pistas que os colocam em perigo.
Este livro trás ao de
cima questões tão pertinentes como o bem e o mal que há dentro de cada um de
nós, e foca algo que todos nós já sentimos em determinados momentos da nossa vida – uma vontade enorme de
desaparecer, deixar um vazio.
Mas são de narrativas destas que eu gosto, histórias que
me despertem os sentidos, e este autor tem esse dom, confesso que as primeiras
páginas não me prenderam de imediato mas, assim que entrei no enredo, comecei a
sentir uns arrepios na pele que me faziam parar de ler de vez em quando.
O autor criou mais uma vez um
enredo envolvente, cheio de suspense, tensão e reviravoltas, quando se pensa
que se descobriu o verdadeiro culpado, de repente tudo muda, é preciso
seguir as pistas certas até chegar à verdade, pistas essas que são como um puzzle que
é preciso ir juntando, algumas estão escondidas num passado que remota a vinte anos.
Também as personagens como
sempre são complexas, mas muito bem caracterizadas, o que faz com que facilmente
se visualize os cenários, quase que conseguimos entrar na mente dos criminosos, em suma A
Hipótese do Mal reúne todos os componentes que eu tanto aprecio num
bom policial, e o final deixado em aberto, deixou-me a pensar. Um livro
que prende o leitor, gostei imenso.
Pode ler sobre o livro A Hipótese do Mal aqui
2 comentários:
Gostei da opinião. ;)
Obrigada Paulo ;)
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