Opinião:
“Primeiro estranha-se,
depois entranha-se”, foi o que me aconteceu com - As Raparigas Cintilantes, esta obra vai
ser adaptada para uma série televisiva por Leonardo DiCaprio.
Harper Curtis é um vagabundo que vive nos anos 30 em Chicago, durante a grande depressão,
tornou-se num serial killer, ele tem um poder, consegue viajar no tempo através de
uma casa abandonada que usa.
A sua peculiaridade
consiste em escolher meninas, são as suas
potenciais vitimas anos mais tarde, aproxima-se das meninas e deixa-lhes uma
recordação, só as que ele acha que vão brilhar quando as voltar a encontrar,
esta é a sua grande obsessão, e faz isso sem escrúpulos e de uma maneira brutal e
macabra, durante anos, e como é que o faz? Ele viaja no tempo para
trás e para a frente, durante
décadas, entre 1931 e 1993.
Através de capítulos alternados no tempo, conhecemos as vitimas em pequenas, e depois já
adultas no futuro, quando Harper as procura para as matar. Tanto podemos estar
em Chicago nos anos 30, como podemos noutro capitulo estar nos anos 50, 70,
isto tudo devido ao facto do assassino ter a capacidade de saltar ou melhor
viajar no tempo.
E o que faz às vitimas
é de uma violência extrema, os seus corpos são mutilados, com uma crueldade
enorme, as cenas que descrevem são muito gráficas, perturbadoras, é uma assassino bárbaro, doentio. Estamos perante um psicopata
muito violento pela forma como deixa as vitimas expostas.
Só que nem tudo é
perfeito, e todos cometem erros, e Harper deixou uma vitima viva, a jovem
Kirby, e ao contrário do era de se supor ela sobreviveu, apesar de ficar muito ferida física e psicologicamente, depois de ter sido violentamente atacada, resolve tentar a todo o custo encontrar este
assassino selvagem, que nunca deixou rasto. Quem é este homem misterioso que nunca foi apanhado?
A narrativa centra-se principalmente sobre estes
dois personagens Harper e Kirby, e dos seus pontos de vista para se entender o enredo.
Gostei do empenho da
Kirby em procurar o assassino e tentar
obter algumas pistas nos dossiers de outras vitimas, será que mais alguma
sobreviveu? Ela está focada num único objectivo encontrá-lo.
Se por um lado temos o
serial killer a perseguir vitimas, por outro temos uma vitima determinada a
encontrar o assassino a todo o custo.
Apesar da grande
complexidade do enredo e dos personagens, acabamos completamente envolvidos
nesta odisseia de Kirby em descobrir aquele que a tentou matar, e para isso ela
precisa de se recordar de algo que está guardado na sua memória.
Uma narrativa cheia de detalhes
e descrições, onde os cenários nos prendem à sua leitura, provocando um misto
de sensações e de repulsa em relação a este serial killer.
Um thriller que
recomendo, pela sua originalidade, bem escrito, de uma forma que mistura
realismo com "fantástico", e a criação temporal na história da parte da autora é extremamente
complexa, mas foi muito bem conseguida.
As Raparigas Cintilantes é um livro estranho, intenso,
perturbador.
Pode ler mais sobre o livro As Raparigas Cintilantes aqui
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