08/03/2017

O Livreiro de Paris, de Nina George



Opinião:
Um livro sobre livros, atrai qualquer livrólico, O Livreiro de Paris, além da sinopse que me agradou, tem uma capa linda, agarrou-me à sua história desde o primeiro capitulo.
O protagonista Jean Perdu, tem cinquenta anos, vive sozinho, e é dono de uma livraria muito peculiar, é dentro de um barco, que se encontra atracado no rio Sena, em Paris, cujo nome é a Farmácia Literária. E Jean Perdu, como farmacêutico literário, tem um dom, prescreve o livro certo para a enfermidade do seu cliente, tenta perceber de que mal é que padecem, receitando o livro que pode curar-lhes a alma e o coração.  
Jean Perdu só não consegue curar e aliviar a dor que carrega com ele há vinte e um anos, quando o grande amor da sua vida o deixou, até ao dia em que lê uma carta que guardou duas décadas, a qual tem um enorme impacto, vai mudar-lhe a vida completamente, e tudo o que imaginou e pensou durante todos esses anos, de tal forma que o faz abandonar tudo para ingressar numa verdadeira odisseia, resolve viajar no barco até à localidade de Provença, e fechar esse capitulo da sua vida.
Mas não viaja sozinho, um jovem escritor Max, seu vizinho, resolve acompanhá-lo nesta aventura, e nós enquanto leitores também viajamos com estes personagens aos quais não ficamos indiferentes, sentido empatia por eles, rindo das suas peripécias, e em cada porto que atracam conhecem outras pessoas, das quais ficam amigos. Confesso que houve uma altura em que acho que a autora se dispersou um pouco na história com detalhes a mais da viagem, mas felizmente  tomou de novo o rumo  à história terminando esta narrativa da melhor maneira.
O Livreiro de Paris, é sem dúvida um livro cativante, com momentos de humor, algumas passagens são hilariantes, arrancaram-me umas boas gargalhadas, conquista-nos com a história que acaba por não ser sobre livros mas sim sobre o amor, amizade, amadurecimento, redenção e de reconciliação com o passado. Gostei muito, é daqueles livros que não queremos terminar. 

"Haverá sempre livros suficientes. Eles nunca deixarão de amar uma leitora, um leitor. São a coisa mais fiável de todas as coisas imprevisíveis. Na vida. No amor. Depois da morte".
 
(No fim do livro somos brindados pela autora com umas receitas de pratos típicos da região da Provença, quiçá um dia destes experimente, pois uma ou duas seduziram-me.
E são várias as obras literárias mencionadas e bem conhecidas dos leitores em geral, como por exemplo A Elegância do Ouriço, publicado pela Presença).

Pode ler mais sobre o livro no site da Editorial Presença aqui

 



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