Opinião:
Ainda bem que uso um caderno
onde anoto pontos relevantes sobre os livros que vou lendo, pois com as opiniões em atraso
seria complicado.
O Homem das Castanhas,
encheu-me as medidas como thriller, começa com a descoberta de um corpo no recreio de um colégio,
de uma jovem brutalmente assassinada, e como se não bastasse deceparam-lhe
uma mão, para tornar tudo mais sinistro um boneco feito com castanhas está pendurado por cima do seu cadáver, e voilá a minha veia por este género literário
estava espicaçada.
Posso garantir que este
livro é no mínimo macabro, não se coíbe nos pormenores nas cenas dos crimes, são bastante
gráficas, nada fáceis de digerir, como eu gosto. Depois tem outra coisa
que aprecio imenso nos policiais nórdicos, os crimes perpetuados coadunam-se com o meio ambiente agreste, tornam tudo mais tenebroso.
Referente aos personagens, temos a detective Naia
Thulin e Mark Hess, um investigador que
acabou de ser expulso da Europol, vão trabalhar em conjunto, tentar descobrir quem está por detrás deste
crime, mas rapidamente vão descobrir, que não vai ser o primeiro caso, e ao que tudo indica
está relacionado com o desaparecimento de uma menina, podem estar perante um serial
killer, precisam de agir com rapidez se querem impedir mais mortes.
Além da investigação, dos crimes, o livro aborda temas abrangentes, como a politica, institucionalização de crianças, que são entregues
a famílias de acolhimento, que nos fazem pensar durante o
desenrolar da trama, mas também serve para entendermos certos personagens.
Gostei imenso da relação profisional “quase
inexistente” entre a detective Naia e o investigador Mark, cada um com um
passado que não querem revelar, com sequelas, que os fazem estar de pé atrás, mas
que acaba por resultar ao trabalharem em conjunto, até ao culminar do
desfecho. Além disso um deles tem algo que aprecio imenso, quando estão a
investigar vê, repara em pormenores que
os outros deixam escapar, adoro isso.
Este policial desenrola-se num ritmo
galopante, com bastante acção, personagens que nos intrigam, um enredo bem
estruturado, capítulos curtos, com reviravoltas, é super viciante ao ponto
de não quer largar, até descobrir quem estava por detrás destes crimes com requinte de malvadez, tudo isto faz deste
livro um excelente thriller nórdico.
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