26/06/2019

O Homem das Castanhas, de Søren Sveistrup (Suma de Letras)


Opinião:
Ainda bem que uso um caderno onde anoto pontos relevantes sobre os livros que vou lendo, pois com as opiniões em atraso seria complicado.
O Homem das Castanhas, encheu-me as medidas como thriller, começa com a descoberta de um corpo no recreio de um colégio, de uma jovem brutalmente assassinada, e como se não bastasse deceparam-lhe uma mão, para tornar tudo mais sinistro um boneco feito com castanhas está pendurado por cima do seu cadáver, e voilá a minha veia por este género literário estava espicaçada.
Posso garantir que este livro é no mínimo macabro, não se coíbe nos pormenores nas cenas dos crimes, são bastante gráficas, nada fáceis de digerir, como eu gosto. Depois tem outra coisa que aprecio imenso nos policiais nórdicos, os crimes perpetuados coadunam-se com o meio ambiente agreste, tornam tudo mais tenebroso.
Referente aos personagens, temos a detective Naia Thulin  e Mark Hess, um investigador que acabou de ser expulso da Europol, vão trabalhar em conjunto, tentar descobrir quem está por detrás deste crime, mas rapidamente vão descobrir, que não vai ser o primeiro caso, e ao que tudo indica está relacionado com o desaparecimento de uma menina, podem estar perante um serial killer, precisam de agir com rapidez se querem impedir mais mortes.
Além da investigação, dos crimes, o livro aborda temas abrangentes, como a politica, institucionalização de crianças, que são entregues a famílias de acolhimento, que nos fazem pensar durante o desenrolar da trama, mas também serve para entendermos certos personagens.
Gostei imenso da relação profisional “quase inexistente” entre a detective Naia e o investigador Mark, cada um com um passado que não querem revelar, com sequelas, que os fazem estar de pé atrás, mas que acaba por resultar ao trabalharem em conjunto, até ao culminar do desfecho. Além disso um deles tem algo que aprecio imenso, quando estão a investigar vê, repara em pormenores que os outros deixam escapar, adoro isso. 
Este policial desenrola-se num ritmo galopante, com bastante acção, personagens que nos intrigam, um enredo bem estruturado, capítulos curtos,  com reviravoltas, é super viciante ao ponto de não quer largar, até descobrir quem estava por detrás destes crimes com requinte de malvadez, tudo isto faz deste livro um excelente thriller nórdico.  


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