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22/03/2013

A Vida é Bela - O Filme - #3





A vida é Bela é um filme de 1997, realizado em Itália por Roberto Benigni que também assume o papel principal (venceu o Óscar de melhor ator). Trata-se da história de um homem simples e modesto, Guido, que, por ser judeu, é enviado com um filho menor para um campo de concentração. Aí, ele tentará iludir o filho convencendo-o que tudo aquilo não passa de um jogo…
 . A Vida é Bela é, na minha opinião, um dos melhores filmes de sempre. Quase diria que é o filme da minha vida. Porquê? Porque consegue aquele milagre que mais nenhum filme consegue: rir de coisas muito sérias; rir com o holocausto.
É um filme sobre os limites do ser humano na sua capacidade de resistência à opressão e à injustiça. À estupidez, diria mesmo. O fascismo e o nazismo foram as manchas mais negras que o século XX nos deixou e este filme testemunha a maiores atrocidades que boa parte da população europeia sofreu sobre as garras desses regimes tão absurdos.
Mas na sua imensa arte, na sua capacidade incrível de nos fazer rir pensando, Roberto Benigni presenteia-nos com uma maravilhosa obra de arte absolutamente IMPERDÍVEL.

18/03/2013

As Vinhas da Ira - O Filme




Muito raramente um grande livro dá origem a um grande filme. Mas esta é uma honrosa exceção. O livro imortal de John Steinback tem neste filme uma brilhante leitura.
Os estados Unidos da América eram um país em crise. Como o nosso, hoje. Os pobres eram os que mais sofriam. Como hoje. Os causadores da crise, aqueles a quem sobejava dinheiro e poder, enriqueciam à custa da miséria. Como hoje. Um dia aquela miséria acabaria, quando o Estado decidiu atacar a crise apoiando os mais pobres, atacando a miséria. Ao contrário de hoje.
Para a história ficou esta leitura magnífica da desgraça humana, um hino a todos os que sofreram e sofrem com os abusos de quem mais pode e tem.
Fantásticas interpretações de Henry Fonda e John Carradine. Magnífica realização (que mereceu o Óscar) de John Ford.
Um filme com 73 anos mas, infelizmente, muito atual.

12/02/2013

Lincoln - O Filme

Iniciamos hoje uma nova rubrica no Destante.
Não se trata de crítica de cinema mas apenas de opiniões pessoais que iremos divulgando sobre os filmes que vamos vendo.
Abraham Lincoln é uma figura incontornável da história da humanidade e toda a gente sabe, ainda que vagamente, a sua história. Isto, à partida, pode ser encarado como um fator que favorece o sucesso do filme. Mas parece-me que não é bem assim; o facto de o filme pegar numa história bem conhecida é, pelo contrário, um desafio enorme que se colocou a Spielberg. Era difícil surpreender. Mas o certo é que o grande mestre do cinema atual conseguiu-o. Ele proporciona-nos um filme bem-disposto no meio de uma matança de quase um milhão de pessoas. Consegue mostrar-nos um Lincoln inesperadamente frágil, como qualquer ser humano: o homem acima do mito.
Por outro lado, o filme envolve uma enorme atualidade: para além de uma explicação bem clara do impacto da guerra civil na América moderna, ele transmite uma visão do poder político bem interessante: nem o grande Lincoln foi capaz de ultrapassar o fantasma da corrupção; se bem que a mensagem possa ser deturpada pela leitura fácil de que a corrupção é aceitável por uma boa causa, o certo é que vai muito mais além: a corrupção é um mal quase incontornável porque é indissociável do próprio poder.
Para além disso, o espetador sai da sala com uma convicção bem clara: com ou sem corrupção, aquela é uma história de um tempo em que havia políticos com ideais. Hoje e aqui, como estamos longe desse tempo!
Uma curiosidade: afinal quem mudou a história da humanidade, ao abolir a escravatura foi Lincoln ou a mulher de Lincoln?
Nota 8/10
A ficha do filme no IMDB: