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14/01/2019

Novidade Guerra & Paz - Loucuras e Bizarrias de Reis, Rainhas e Fidalgos Infames

Loucuras e Bizarrias de Reis, Rainhas e Fidalgos Infames
Nas livrarias a 15 de Janeiro
N.º de Páginas: 216 
PVP: 15,50 €

Sinopse
Reis, rainhas, fidalgos – coroas, tiaras, títulos? Não! Mortes, roubos, loucuras e muito mais.

• Leonor Teles, cuja infidelidade por pouco não destruía a independência de Portugal;

• Afonso VI, deposto por impotência sexual pelo irmão, D. Pedro II, que depois casaria com a cunhada;

• Isabel Bathóry, condessa húngara, a maior assassina em série da história;

• Henrique VIII, o rei que casou seis vezes e matou duas das mulheres;

• Dipendra, o príncipe nepalês que matou a família real;

• E muitas outras histórias de reis, rainhas e fidalgos – todas loucas ou bizarras.

Os regimes monárquicos habituaram-nos, ao longo dos séculos, a uma postura sóbria, conservadora e protocolar. Mas será que todos os reis, fidalgos ou cortesões cumpriram estes desígnios? Em Bizarrias de Reis, Rainhas e Fidalgos Infames, a Guerra e Paz, Editores mostra-lhe que não. Tortura, extermínio, roubo, escândalo, enguiço, infidelidade, incesto e muitas mais loucuras e bizarrias, de governantes e nobres de todo o mundo e de todos os tempos, que o tempo não fez esquecer.

Maldades e demência de todas as épocas, para todos os gostos. Este compêndio contém, em pouco mais de 200 páginas, o anti-édipo D. Afonso Henriques, que fundou Portugal numa luta contra a mãe, D. Pedro I, que reinou consumido pelo ódio e pelo desejo de vingar a morte da sua amada, o inconsciente D. Sebastião, que em Marrocos perdeu a vida e a independência do país, o pecador entre conventos e hábitos, D. João V, ou a louca D. Maria I.


02/07/2018

Da Lisboa de Maria Parda para o Paraíso ou para o Inferno?

Título: Pranto de Maria Parda e Auto da Barca do Inferno
Autor: Gil Vicente
Ficção / Literatura Portuguesa
N.º de Páginas: 144 
PVP: 12,50 €
Nas livrarias a 3 de Julho
Guerra e Paz Editores

Pranto de Maria Parda e Auto da Barca do Inferno são duas peças de Gil Vicente, considerado por muitos o fundador do teatro português. Este clássico incontornável da literatura portuguesa chega às livrarias a 3 de Julho.

Deambulemos pelas ruas de Lisboa, sequiosos, nós e a Maria Parda, uma velha, porta-voz dos bêbados, protagonista da primeira peça. Acompanhemo-la e lamentemos a falta de vinho. Haverá quem nos venda fiado? É o Pranto de Maria Parda.

Terminado o Pranto, (re)encontraremos almas na hora da morte. Um Fidalgo, um Onzeneiro, um Parvo, um Sapateiro, um Frade, uma Alcoviteira, um Corregedor, um Procurador, um Enforcado e quatro Cavaleiros chegam a um cais, quase todos carregados de pecados e vícios, e encontram um Anjo e um Diabo, figuras que os julgarão e os conduzirão ao seu destino final: o Paraíso ou o Inferno? Que argumentos usar para convencer o Anjo a entrar na barca da Glória? Como ludibriar o Diabo e escapar do «lago dos danados»? Eis o Auto da Barca do Inferno, o julgamento das almas humanas na hora da morte e a denúncia dos vícios da sociedade.

Esta edição inclui o texto integral das peças, mais de uma centena de notas, sinopses, listas das personagens, argumentos e símbolos cénicos. 

08/06/2018

A Rosa do Adro e Palavras Cínicas. Dois bestsellers que a Guerra e Paz traz de volta às livrarias

Título: A Rosa do Adro
Autor: Manuel Maria Rodrigues
N.º de Páginas: 224
Ficção/Romance
PVP: 13,90 €
Guerra e Paz Editores

Sinopse: 
Numa aldeia minhota, a umas cinco ou seis léguas do Porto, esta é a história das aventuras e desventuras amorosas de Rosa.
A Rosa do Adro «era a alegria e o enlevo de toda a gente, a rainha, o tudo daqueles lugares». Cobiçada por todos os «moços», é difícil resistir aos seus encantos, que o diga Fernando e António. Constitui-se assim um trio amoroso.
Rosa ama Fernando, que a corresponde mas se ausenta para acabar o curso de Medicina no Porto. António ama Rosa, e, sempre atento, quer protegê-la e até deseja vingança. A partir daqui, o enredo está criado e ainda surge Deolinda, a filha da baronesa, uma «alma nobre e generosa»…
Estamos diante de um dos romances mais vendidos de sempre e, que inexplicavelmente, a crítica ignorou. A Rosa do Adro, romance reeditado milhares de vezes durante o século XX, na actual centúria encontra-se esquecido. Afinal quem é esta Rosa? Quem a conhece nos dias de hoje? Outrora tão comentada, hoje abafada, queremos dar-lhe nova vida.

Sobre o autor: 
Manuel Maria Rodrigues. Nasceu em 1847, em Valença, e morreu a 16 de Agosto de 1899, no Porto. Inicialmente tipógrafo nas oficinas do jornal O Comércio do Porto, tornou-se jornalista e redactor efectivo desse mesmo periódico. Foi um dos fundadores da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e colaborou em jornais literários e artísticos. Viveu quase sempre no anonimato, uma vez que a crítica sempre lhe negou o reconhecimento da sua obra, talvez por as suas histórias serem um fiel retrato da gente simples, repletas de personagens prosaicas, dos seus amores e desamores, e não das classes mais altas como era costume na época.
Autor de romances como O Que Faz a Ambição (1863), As Infelizes (1865), Os Filhos do Negociante (1873) e Estudantes e Costureiras (1874), é com A Rosa do Adro (1870) que o seu nome fica gravado na nossa memória, tendo sido alvo de várias adaptações teatrais e duas cinematográficas.

Título: Palavras Cínicas
Autor: Albino Forjaz de Sampaio
N.º de Páginas: 112
Ficção/Crónicas
PVP: 11,90 €
Guerra e Paz Editores

Sinopse: 
Em 1905, Portugal conhecia, com espanto e admiração, a primeira de muitas edições de Palavras Cínicas, um dos livros mais vendidos do século XX. A crónica de crítica social catapultou-o para a fama e, aquando da morte do Autor, o livro já contava com 46 edições. Em apenas 100 páginas, destrói-se o amor, a família, a religião. Quem consegue ficar indiferente a tamanha língua viperina?
A publicação das oito cartas que compõem este livro daria origem a um leque de reacções, do aplauso fervoroso à condenação feroz. O pessimismo e a mordacidade da voz de Albino Forjaz de Sampaio atingiram de forma certeira algumas das fundações do edifício português: o clericalismo enfatuado, a moral balofa, o populismo sabichão. Mais de cem anos depois, encontrarão estas cartas os mesmos destinatários?
«A torpeza da vida não caberia em mil volumes como este. Que eu exagero?! Que eu exagero?! Patife, tu bem sabes que eu digo a verdade.»

Sobre o autor: 
Albino Forjaz de Sampaio. Publicista, ficcionista e bibliófilo, nasceu em Lisboa em 1884 e faleceu na mesma cidade em 1949. Iniciou a sua carreira literária como jornalista muito jovem, sob o patronato de Fialho de Almeida e Brito Camacho, no jornal A Luta. Como resultado da sua colaboração jornalística, publica Crónicas Imorais (1909) e Lisboa Trágica (1910). Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa, responsável pela biblioteca e arquivo do Ministério do Fomento. Influenciado por Nietzsche e Schopenhauer, deixou, entre outros títulos, Palavras Cínicas (1905), Prosa Vil (1911), Grilhetas (1916), O Livro das Cortesãs (1916), Vidas Sombrias (1917), Subsídios para a História do Teatro Português – Teatro de Cordel (1920), Porque me Orgulho de Ser Português (1926), Volúpia e A Nova Arte – A Gastronomia (1940). Dirigiu a História da Literatura Portuguesa Ilustrada (1929-1942), em quatro volumes, e a colecção «Patrícia», dedicada aos maiores vultos da literatura portuguesa.
Forjaz de Sampaio ficou para a história como o artista da frase incisiva, da crítica mordaz, de uma linguagem agressiva e ofensiva.
 
                                                            

28/04/2018

Tenho Medo de Partir. Um livro de viagens de Fernando Pessoa & heterónimos

TENHO MEDO DE PARTIR – UM LIVRO DE VIAGENS
Fernando Pessoa

Antologia de Manuel S. Fonseca
Páginas: 192 
PVP: 13,50 €
Ficção/Poesia
Nas livrarias a 2 de Maio
Guerra e Paz Editores   

SINOPSE
Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Bernardo Soares não se limitaram a escrever, também viajaram e muito. Pertenciam a uma sociedade secreta, a sociedade dos viajantes estacionários. Os seus membros praticam uma forma de peregrinação, incómoda para as companhias low cost, desconhecida dos novos turistas.  Nos cais, estes peregrinos despedem-se de famílias abstractas; viram tudo e foram a todo o lado, quedando-se no mesmo sítio. Eternos sonhadores que, à beira do Tejo, vêem o rio da sua longínqua aldeia, sonhando com piratas, navios e Chevrolets. Numa arca agora famosa, deixaram os registos de tudo o que viram. Este livro viaja até essa arca, e traz até nós, leitores, a possibilidade de com eles viajarmos, lendo-os. 

Sobre o autor:
Fernando Pessoa. Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888 em Lisboa. Foi também em Lisboa que morreu, a 30 de Novembro de 1935. 
PROFISSÃO: A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta a de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação. 
IDEOLOGIA POLÍTICA: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberdade dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário. 
POSIÇÃO RELIGIOSA: Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria. 
POSIÇÃO INICIÁTICA: Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal. 
POSIÇÃO PATRIÓTICA: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: «Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação». 
POSIÇÃO SOCIAL: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima. 


 

11/04/2018

Para ler até ficar sem pinga de sangue…!

Título: Drácula
Autor: Bram Stoker
Adaptação de Raquel Palermo e João Lacerda Matos
N.º de Páginas: 136 
PVP: 13,90 €
Guerra e Paz Editores

Sinopse: 
Será que estás preparado para os dentes afiados de Drácula? Para os ataques noturnos? Para descobrir aonde conduzem as escadas secretas do seu quarto? Escrita pelo autor irlandês Bram Stoker, em 1897, Drácula é uma história gótica que te vai deixar de cabelos em pé.
Repleta de mistério e terror, a obra revela-nos a viagem de Jonathan Harker, um jovem advogado londrino que parte em trabalho para a Transilvânia, ao encontro do conde Drácula. Em Londres, fica a sua noiva, Mina, que visita a melhor amiga, Lucy, entretida com três cavalheiros que pediram a sua mão em casamento ao mesmo tempo!
A viagem de Jonathan até ao castelo do conde é estranhíssima. E tudo se complica quando o advogado percebe que está preso na isolada fortaleza…
Uma história com mais de 120 anos que podia tersido escrita ontem.
Para ler até ficar sem pinga de sangue…

SOBRE A COLECÇÃO
Os Livros Estão Loucos são clássicos escritos para ti. As histórias que os grandes escritores contaram estão aqui, mas com as palavras de hoje. Para leres numa hora o que antes se lia num dia. São livros com páginas loucas, letras que crescem e encolhem, frases que saem das páginas. Os Livros Estão Loucos e tu também.

26/03/2018

Guerra & Paz - O amor homossexual do séc. XIX que escandalizou o Brasil

Título: Bom Crioulo 
Autor: Adolfo Caminha
N.º de Páginas: 160
PVP: 14,90 €
Ficção/Literatura Portuguesa
Nas livrarias
Guerra e Paz Editores

Sinopse:
O romance que o Brasil recebeu com escândalo.
Uma história de amor entre dois homens: Amaro – o Bom Crioulo – e Aleixo. Um marinheiro negro sente-se atraído por um jovem grumete branco. Na trama, surge ainda D. Carolina, ou melhor, Carola Bunda, portuguesa e ex-prostituta, desejosa de entregar o seu corpo maduro a um amante jovem como Aleixo. Assim se constitui um triângulo amoroso fatal. Uma singular e improvável história de amor entre dois homens, a que não falta a traição, a diferença de idades, a culpa, o medo. Eis uma situação que pode sair fora do controlo: se uma paixão violenta causa cegueira, será inevitável um final trágico?
Adolfo Caminha, duramente atacado pela crítica, ficou para a História como um autor «maldito».
Votado ao esquecimento na primeira metade do século xx, Bom Crioulo é hoje traduzido em todo o mundo, e é considerado o primeiro romance da literatura em língua portuguesa a abordar a homossexualidade e logo numa relação inter-racial.

ESTA EDIÇÃO INCLUI: Nota introdutória ∙ «Um artigo condenado», por Adolfo Caminha ∙ Glossário de termos náuticos ∙ Lista de personagens

Sobre o autor:
Adolfo Caminha. Adolfo Ferreira dos Santos Caminha, escritor brasileiro, nasceu em Aracati, no Ceará, em 1867. Aos 10 anos de idade, ficou órfão de mãe e foi viver com uns parentes de Fortaleza e, mais tarde, para casa de um tio no Rio de Janeiro. Em 1883, entra para a Marinha de Guerra, chegando ao posto de segundo-tenente. De regresso a Fortaleza, apaixona-se por Isabel de Paula Barros, a esposa de um alferes, que abandona o marido para viver com ele. Este episódio provoca grande escândalo em Fortaleza, o que o força a desistir da carreira militar e a trabalhar como funcionário público. Debilitado pela tuberculose, morre aos 29 anos, no Rio de Janeiro, em 1897. Atacado pela crítica contemporânea, é hoje considerado um dos grandes expoentes do naturalismo brasileiro.
É autor de Voos Incertos (1886), Judite e Lágrimas de um Crente (1887), A Normalista (1893), No País dos Ianques (1894), Cartas Literárias (1895), Tentação (1896), mas é com Bom Crioulo (1895) que atinge o reconhecimento literário. Colaborou com a imprensa carioca, em jornais como O Norte, Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio, O País, e foi fundador da Nova Revista (1896).
 
                                                         
 
 

18/03/2018

Um livro que traz Fernando Pessoa para o meio de nós

ABSINTO, ÓPIO, TABACO E OUTROS FUMOS
Fernando Pessoa
Antologia organizada por Manuel S. Fonseca
N.º de Páginas: 112
PVP:  12,00 €
Ficção/Poesia
Nas livrarias a 20 de Março

Sinopse:
Pouco nos interessa saber se Fernando Pessoa se embebedava, se afundava no ópio ou se espetou alguma agulha morfinómana no delicado braço. Neste livro, o que conta é a forma como os vícios, as drogas americanas que entontecem, lhe iluminam a escrita.
A presente antologia, alvarinha e desassossegada, nasceu da vontade de ter Fernando Pessoa no meio de nós, na rua, no café, onde ele possa fumar e beber. Tê-lo connosco, agora, enquanto ainda, em ruas e cafés, se possa fumar e beber. Ópio e morfina compram-se nas farmácias. Este livro de Fernando Pessoa compra-se nas livrarias. O que une tudo isto, livro, ópio e Pessoa, morfina, inocência e decadência, é serem, como ele mesmo disse, escadas para o sonho.

Este é um livro de vícios: pessoal e íntimo.

Sobre o autor: 
Fernando Pessoa. Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888 em Lisboa. Foi também em Lisboa que morreu, a 30 de Novembro de 1935.

PROFISSÃO: A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta a de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.
IDEOLOGIA POLÍTICA: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberdade dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário.
POSIÇÃO RELIGIOSA: Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria.
POSIÇÃO INICIÁTICA: Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal.
POSIÇÃO PATRIÓTICA: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: «Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação».
POSIÇÃO SOCIAL: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.

 

02/03/2018

O livro que Eça de Queiroz levou sete anos a escrever

Título: A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
Autor: Eça de Queiroz
N.º de Páginas: 312
PVP: 13,90 €
Nas livrarias a 6 de Março

Desde as quatro da tarde, no calor e silêncio do domingo de Junho, o Fidalgo da Torre, em chinelos, com uma quinzena de linho envergada sobre a camisa de chita cor-de-rosa, trabalhava.

Durante sete anos, Eça de Queiroz escreveu aquele que é considerado um monumento à língua portuguesa, um clássico absoluto. A Ilustre Casa de Ramires é o próximo título da colecção de clássicos da Guerra e Paz Editores mas só foi publicado em livro após a morte do escritor português. Chega às livrarias a 6 de Março, numa edição que inclui notas de editor, lista de personagens e o texto «O Sarcasmo Ibérico de Eça de Queiroz», de Miguel de Unamuno.
Inicialmente publicado por fascículos na Revista Moderna, entre 1897 e 1899, só depois da morte de Eça de Queiroz, em 1900, o romance A Ilustre Casa de Ramires foi publicado em livro pela Livraria Chadron.
 
 Sinopse: 
Esta é a história de Gonçalo Mendes Ramires, um dos grandes heróis queirosianos. Último descendente de uma antiga família aristocrática, cujas origens remontam aos tempos dos reis suevos, carrega em si o peso dos gloriosos feitos dos seus antepassados. Contudo, não consegue ombrear com essa memória. Empobrecido, com um carácter hesitante e fraco que o aprisiona e humilha, sonha libertar-se. Gonçalo quer viver, criar obra, honrar a história familiar.
Entrecruzam-se na narrativa dois tempos: o passado, o romance dentro do romance, cujo autor é o próprio Gonçalo, verdadeira reflexão sobre a literatura e a criação literária, e o presente da acção, triste e cabisbaixo, onde a mesquinhez e o provincianismo imperam, contrastando com a valentia de outras épocas.
A pena de Eça, de uma prosa perfeita e ironia acutilante, demorou mais de sete anos a escrever A Ilustre Casa de Ramires. Todo este labor resultou num livro que é um monumento à língua portuguesa, um clássico absoluto. A sua leitura, mais do que um prazer, é uma obrigação.

Sobre o autor: 
Eça de Queiroz. Nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa do Varzim. Por não ser reconhecido pela mãe, viveu até aos 4 anos em Vila do Conde, com a madrinha. Em 1849, os pais casaram-se e Eça mudou-se para casa dos avós paternos, em Aveiro. Só aos 10 anos regressou ao Porto e se juntou aos pais. Concluídos os estudos liceais no Colégio da Lapa, ruma a Coimbra em 1861 para cursar Direito. É aí que conhece Antero de Quental e Teófilo Braga. Já formado, vai de malas e bagagens para Lisboa em 1866, e é na capital que se dedica à advocacia, mas também ao jornalismo, dirigindo o Distrito de Évora e publicando folhetins na Gazeta de Portugal, que seriam reunidos anos mais tarde em Prosas Bárbaras.
Depois de viajar pela Palestina, Síria e pelo Egipto e assistir à inauguração do Canal do Suez, em 1869 – viagem que desaguaria, mais tarde, em títulos como O Egipto e A Relíquia – envolve-se nas Conferências do Casino e começa a espalhar As Farpas, em 1871, um ano depois de ter publicado O Mistério da Estrada de Sintra, no Diário de Notícias, ambos a quatro mãos, com Ramalho Ortigão. Ingressa depois na carreira diplomática, e é em Leiria, como administrador do concelho, que escreve O Crime do Padre Amaro. Entre 1873 e 1875, exerce o cargo de cônsul em Havana, Cuba, e é depois transferido para Inglaterra. Durante os dois anos que se seguem, envia textos de Bristol e Newcastle para a imprensa nacional e brasileira, inicia a escrita de O Primo Basílio e faz os primeiros esboços para Os Maias e O Mandarim. Regressa à pátria com 40 anos e casa-se, em 1886, com Emília de Castro Pamplona, onze anos mais jovem. Em 1888, é enviado para o consulado de Paris. Segue-se a publicação d’Os Maias e, nos periódicos, d’A Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires.
Fundador da Revista de Portugal, de que é também director, visita frequentemente o país, aproveitando as estadas para jantar com os Vencidos da Vida. É no Paris de Jacinto, de A Cidade e as Serras – título que, como muitos da sua obra, só viria a ser publicado postumamente –, que vem a falecer a 16 de Agosto de 1900, vítima de doença prolongada.
 
 

22/02/2018

Joseph Conrad e Fernando Pessoa são os novos nomes dos Clássicos Guerra e Paz

LORD JIM
Joseph Conrad
N.º de Páginas: 368
PVP: 19,00 €
Ficção/Literatura Estrangeira

Sinopse: 
Jim é um romântico. Influenciado por leituras de juventude, de aventuras e heroísmo, e por uma rígida educação paterna, que lhe incutiu os valores da bravura e da nobreza, entra para a marinha mercante, em busca de cumprir esses ideais. Contudo, quando o momento chega, não resiste à pressão dos seus companheiros e abandona à morte todos os passageiros do navio, o Patna. O navio salva-se, Jim perde-se. Atormentado pela sua consciência, isola-se, sente-se perseguido pelas imagens do seu crime, pelo falhanço em viver de acordo com a imagem que tinha de si. Procura a redenção, uma nova oportunidade de se mostrar leal, bravo, herói. Conseguirá?
Lord Jim, livro maior de Conrad, a par de Coração das Trevas, consagrou definitivamente o autor como um dos grandes da literatura inglesa. A sua influência é marcante e perdura até aos dias de hoje. Saul Bellow, por exemplo, prestou sentida homenagem a Conrad no seu discurso de aceitação do prémio Nobel.
É um livro marcante e uma leitura inolvidável. A história do Homem contra si mesmo, de falhanço e redenção. Em suma, uma história da humanidade.

Sobre o autor: 
Joseph Conrad. Com o nome de baptismo de Józef Teodor Konrad Korzeniowski, nasceu na Ucrânia, em 1857, sob a autoridade czarista. Filho de um casal polaco no exílio, órfão aos onze anos, ficou sob a tutela do tio materno, o responsável pela sua grande paixão: viajar por mar. Em 1874, parte para Marselha e assim inicia a sua carreira como marinheiro. Em 1886, obtém nacionalidade britânica e o certificado de mestre no Serviço Mercantil Britânico. Anos mais tarde, aproveitando as suas experiências na Marinha, abandona o mar para se dedicar à escrita durante o apogeu do Império Britânico. Almayer’s Folly (1895) foi o seu primeiro romance. Com grande mestria narrativa, é ainda autor de outras obras, entre as quais se destacam: Lord Jim (1900), Nostromo (1904), The Secret Agent (1907), Under Western Eyes (1911), Chance (1916). Em 1890, escreveu O Diário do Congo, que viria a dar origem a Coração das Trevas (1902). Morreu em Kent em 1924.


MENSAGEM
Fernando Pessoa
N.º de Páginas: 120
PVP: 12,00 €
Ficção/Literatura Portuguesa

Sinopse: 
Mensagem é o único livro publicado em vida por Fernando Pessoa. Uma obra repleta de simbolismo, «realmente um só poema» numa sequência de quarenta e quatro composições imersas num certo sebastianismo. Questão que só o próprio Pessoa poderia decifrar: até que ponto essa construção saudo-sista e sebastianista não é apenas e só mais uma das máscaras do poeta, mais uma das facetas do seu fingimento?
A história de Portugal é o tema, ainda que o intuito não seja propriamente narrar os grandes feitos portugueses. Com Pessoa, revisitamos o passado lendário e mítico, a saga dos Descobrimentos, na busca de um sentido para essa antiga grandeza contraposta à decadência actual. Estaremos diante do plano para regenerar Portugal, incutido nesse desígnio divino e espiritual – o Quinto Império? Ou será que, como disse Jorge de Sena, a Mensagem é apenas a criação poética, e por isso, lúdica, de um Portugal mítico?
Embora Pessoa seja muito conhecido pelos seus heterónimos, o livro Mensagem foi publicado sob o seu próprio nome – o ortónimo. Uma obra-prima essencial para a compreensão da visão poética de Pessoa, com múltiplas e infindáveis interpretações, inclusivamente contraditórias. O mais importante é que o sonho, o sonho poético e não necessariamente político de Pessoa, se cumpra: «É a Hora!»

Sobre o autor: 
Fernando Pessoa. Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888, em Lisboa. Foi também em Lisboa que morreu,a 30 de Novembro de 1935. Perdeu cedíssimo o pai, que morreu tuberculoso. A mãe voltou a casar e Fernando, menino de sua mãe, foi com a família para Durban, onde fez os estudos secundários e chegou a frequentar o equivalente ao primeiro ano de universidade. Regressa a Portugal, sozinho, em 1905, com 17 anos. Matricula-se no Curso Superior de Letras, que depressa abandona. Nunca casou, nem mesmo com Ofélia, e deu-se maravilhosamente com dois tios e com os sobrinhos.
Em 1912, estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. Em 1915, participa no pequeno grupo que cria e lança, com competente escândalo vanguardista, a revista Orpheu, peça
fundadora do modernismo em Portugal, e onde publica dispersamente os seus poemas, bem como noutros jornais e revistas literárias. Em 1917, publica na revista Portugal Futurista. Em 1924, publica a revista Athena, animada pelas principais máscaras pessoanas, Caeiro, Campos, Reis e Pessoa ele-mesmo. Em 1927, publica na revista Presença, lançada a 10 de Março desse ano. Em 1934, Pessoa publica o seu primeiro livro em Portugal, a Mensagem, em que exprime a sua visão mítica e nacionalista do país.
Frequentador da Brasileira do Chiado e do Martinho da Arcada, Fernando Pessoa foi nacionalista e sebastianista, polemista político, pela sua boca ou pela boca de Álvaro de Campos. Foi também filósofo de ofício quando foi António Mora, ou por fatalismo e desassossego quando se assinou Bernardo Soares, intempestiva e futuristicamente quando calhou Campos e Ele-mesmo digladiarem-se intestinamente.
Fernando Pessoa, enquanto jovem artista, foi um defensor do movimento da Renascença Portuguesa, que integrou, para mais tarde ser exuberantemente pagão e amoral.
Não se pode dizer que tenha tido muito êxito financeiro prático: levou à falência as duas empresas que criou, uma tipografia (Íbis) e uma editora e agência (Olisipo).
Deu-se à astrologia. E o esoterismo deu-lhe a ele conselhos e vozes do além de que deixou testemunho.

11/02/2018

Dulce Garcia representa Portugal na Hungria

Festival do Primeiro Romance de Budapeste
Dulce Garcia representa Portugal na Hungria
O romance de estreia da autora foi seleccionado para estar presente na 18.ª edição do festival, que já recebeu obras de Bruno Vieira Amaral, Djaimilia Pereira de Almeida, Ana Margarida Carvalho, Jacinto Lucas Pires, João Ricardo Pedro, entre outros


Quando perdes tudo não tens pressa de ir lado nenhum é o romance português escolhido para representar Portugal na 18.ª edição do Festival do Primeiro Romance de Budapeste, que se realiza de 18 a 22 de Abril, na Hungria, e contará com a presença da autora, Dulce Garcia. O livro de estreia da jornalista e editora da revista Sábado, agora responsável editorial pela ficção nacional na Editora Presença, foi publicado pela Guerra e Paz há um ano, a 15 de Fevereiro.
Esta é uma iniciativa que, a par do Festival de Chambéry, em França, reúne escritores de vários países europeus, cujo romance de estreia se destacou de alguma forma nos seus países de origem. Dulce Garcia sucede a nomes como Bruno Vieira Amaral, Dajimilia Pereira de Almeida, Ana Margarida Carvalho, Jacinto Lucas Pires, João Ricardo Pedro, entre outros. O Instituto de Camões de Budapeste associa-se a este festival, promovendo e apoiando a presença de um representante de Portugal e da língua portuguesa. Será publicado um excerto do romance, em português, húngaro e inglês, no catálogo do festival. Outro excerto será ainda reproduzido em húngaro no jornal literário «Élet és Irodalom».

De 18 a 22 de Abril, o programa de Dulce Garcia na Hungria será o seguinte:
·         Quinta-feira, 19 de Abril, 11h00 – Museu da Literatura Petöfi
Encontro e workshop com os outros participantes do Festival, com jovens escritores húngaros e com autores vencedores do Prémio Literário Europeu. 

·         Quinta-feira, 19 de Abril, 19h00 – Teatro Millenáris
Abertura oficial do Festival Internacional do Livro de Budapeste

·         Sexta-feira, 20 de Abril, manhã – Europa Pont
Possível participação em sessão de debate com outros autores participantes (sujeito a confirmação)

·         Sexta-feira, 20 de Abril, 19h00 - Livraria Massolit
Leitura pública de excertos da obra, em português e na tradução húngara, no âmbito da "Noite dos Pequenos Livreiros"

·         Sábado, 21 de Abril, tarde – Millenáris
Apresentação pública dos autores participantes e das suas obras, com moderadores que farão perguntas


02/02/2018

Escândalo abala reino de D. João V

Título: UM AMOR PORTUGUÊS
Autor: José Jorge Letria
N.º de Páginas: 112
PVP: 13,90 €
Ficção/Romance
Nas livrarias a 6 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse:
Esta é a história do amor proibido de D. Maria da Penha de França de Mendonça e Almada e D. João de Mascarenhas. Sob a forma epistolar, o romance regista um escândalo que abalou o reinado de D. João V, pondo fim a dois casamentos que a moralidade cortesã recomendaria que fossem mantidos sob a capa hipócrita das aparências. O amor de D. Maria e D. João acabou por implicar a perseguição, o exílio e a prisão, para além da inevitável condenação moral da época.

Sobre o autor: 
José Jorge Letria. Ficcionista, mas também jornalista, poeta, dramaturgo. Nasceu em Cascais, em 1951, onde foi vereador da Cultura entre 1994 e 2002.
Tem livros traduzidos em mais de uma dezena de idiomas e foi premiado em Portugal e no estrangeiro, destacando-se dois Grandes Prémios da APE, o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, o Prémio Internacional UNESCO, o Prémio Eça de Queiroz – Município de Lisboa e o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte. O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia O Fantasma da Obra.
Ao lado de nomes como José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, foi um dos mais destacados cantores políticos portugueses, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade.
É mestre em Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa e pós-graduado em Jornalismo Internacional. Doutorou-se com distinção em Ciências da Comunicação no ISCTE, em Setembro de 2017. É presidente da Sociedade Portuguesa de Autores e do Comité Europeu de Sociedades de Autores da CISAC.
Um Amor Português é o seu primeiro romance. Tão Perto de Mim: Lembrança de Autores com Quem Convivi e Diabetes, Sem Açúcar, com Afecto (em co-autoria com Sílvia Saraiva) são os seus livros mais recentes, publicados pela Guerra e Paz.

28/01/2018

Um livro do diabo: para quem tem nostalgia do Céu

ADÃO E EVA NO PARAÍSO, SEGUIDO DE O SENHOR DIABO E OUTROS CONTOS
Eça de Queiroz 
Páginas: 256
Ficção/Literatura Portuguesa
PVP: 14,90 €
Nas livrarias a 6 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores  

Sinopse:
Adão e Eva no Paraíso, seguido de O Senhor Diabo e outros contos inclui todos os contos que Eça deixou completos e publicou em vida. Jorge Luis Borges dizia que o conto «serve para expressar um tipo especial de emoção, de signo muito parecido com a poética, mas não sendo apropriado para ser exposto poeticamente, representando uma narrativa próxima da novela, mas diferente dela na técnica e na intenção», e Eça parece antecipar todas as características do conto moderno. Como diria António José Saraiva, para Eça «o conto é geralmente uma tese e uma fantasia; ou melhor, uma tese revestida de fantasia – melhor ainda uma fantasia armada sobre uma tese». Há a promessa de satisfazer o gosto de cada um dos leitores, pois aqui se encontram os temas predilectos de Eça: a impossibilidade de realização do amor, o adultério, o divino, a crítica à cultura burguesa, até o fantástico. Eça explora e tira o máximo partido deste género literário, dando assim asas a uma maior criatividade da sua escrita. 
ESTA EDIÇÃO INCLUI: Nota introdutória ∙ Texto sobre Eça-contista-jornalista//folhetinista com dados sobre as publicações originais ∙ Texto de Raul Brandão sobre Eça  

Sobre o autor:
Eça de Queiroz. Nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa do Varzim. Por não ser reconhecido pela mãe, viveu até aos 4 anos em Vila do Conde, com a madrinha. Em 1849, os pais casaram-se e Eça mudou-se para casa dos avós paternos, em Aveiro. Só aos 10 anos regressou ao Porto e se juntou aos pais. Concluídos os estudos liceais no Colégio da Lapa, ruma a Coimbra em 1861 para cursar Direito. É aí que conhece Antero de Quental e Teófilo Braga. Já formado, vai de malas e bagagens para Lisboa em 1866, e é na capital que se dedica à advocacia, mas também ao jornalismo, dirigindo o Distrito de Évora e publicando folhetins na Gazeta de Portugal, que seriam reunidos anos mais tarde em Prosas Bárbaras. 
Depois de viajar pela Palestina, Síria e pelo Egipto e assistir à inauguração do Canal do Suez, em 1869 – viagem que desaguaria, mais tarde, em títulos como O Egipto e A Relíquia – envolve-se nas Conferências do Casino e começa a espalhar As Farpas, em 1871, um ano depois de ter publicado O Mistério da Estrada de Sintra, no Diário de Notícias, ambos a quatro mãos, com Ramalho Ortigão. Ingressa depois na carreira diplomática, e é em Leiria, como administrador do concelho, que escreve O Crime do Padre Amaro. Entre 1873 e 1875, exerce o cargo de cônsul em Havana, Cuba, e é depois transferido para Inglaterra. Durante os dois anos que se seguem, envia textos de Bristol e Newcastle para a imprensa nacional e brasileira, inicia a escrita de O Primo Basílio e faz os primeiros esboços para Os Maias e O Mandarim. Regressa à pátria com 40 anos e casa-se, em 1886, com Emília de Castro Pamplona, onze anos mais jovem. Em 1888, é enviado para o consulado de Paris. Segue-se a publicação d’Os Maias e, nos periódicos, de Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires. Fundador da Revista de Portugal, de que é também director, visita frequentemente o país, aproveitando as estadas para jantar com os Vencidos da Vida. É no Paris de Jacinto, de A Cidade e as Serras – título que, como muitos da sua obra, só viria a ser publicado postumamente –, que vem a falecer a 16 de Agosto de 1900, vítima de doença prolongada.


 

14/01/2018

Novidades Guerra & Paz

Titulo: A Vida de Uma Porquinha-da-Índia no Escritório 
Autor: Paulien Cornelisse 
N.º de Páginas: 216
PVP: 15,90 €
Ficção/Romance
Nas livrarias a 16 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse:
Esta é a vida da Cobaia. E quem é a Cobaia? É uma porquinha-da-índia, especialista em comunicação. Hipocondríaca, também. Afunda-se na rotina, trabalhando sem paixão. Todos os seus colegas são humanos, dá-se bem com eles, mas sente-se sozinha, acompanhada pela sempre leal máquina de café.
Vê a vida a passar, mera observadora. O seu antigo namorado vai casar-se e convida-a para o casamento. Como reagir? O novo chefe é o rufia de serviço: produtividade e inovação – acima de tudo! Stella, a tenebrosa responsável pelos Recursos Humanos, espera pelo mais pequeno deslize. Atormentada pelo trabalho, falhada nos amores, a Cobaia desespera.
A Cobaia é uma porquinha, já o dissemos, mas é também muito humana. Com depressões e tristezas, com dificuldades e falhanços, mas também com alegria e muitas amizades, a Cobaia somos todos nós. Poderá ela ser feliz? Poderemos nós ser felizes?
Um livro para ler e rir, melancólico e divertido, uma fotografia exacta da nossa vida, sem filtros nem Photoshop! Muitos foram os leitores e os críticos que o compararam à série The Office, bem como ao Diário de Bridget Jones. Para os fãs, é a leitura ideal.

Sobre a autora:
Paulien Cornelisse. É uma escritora, humorista e cronista holandesa. O seu primeiro romance, A Vida de Uma Porquinha-da-índia no Escritório, um sucesso de vendas, tendo já vendido mais de cem mil cópias. Publicou, em 2009, um livro de não-ficção, Taal is zeg maar echt mijn ding (A Linguagem É Tipo a Minha Cena), que vendeu setecentos mil exemplares e recebeu o prestigiado prémio Tollensprijs, tendo sido considerado uma «excepcional proeza literária». Os seus espectáculos de humor receberam inúmeros prémios. Vive em Amesterdão e antes viveu no Japão e nos Estados Unidos. É co-fundadora da Echt Gebeurd, a versão holandesa de The Moth, grupo que se dedica a fazer espectáculos de storytelling.
www.pauliencornelisse.nl
Titulo: Meu Gato, Meu Cão: o Adeus
Autor: Dr. Frantz Cappé
N.º de Páginas: 144
Não Ficção/Auto-ajuda
PVP: 14,90 €
Nas livrarias a 16 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse:
Quando adoptamos um gato ou um cão, sabemos que o iremos perder um dia. Mas, muitas vezes, não
estamos preparados para a onda de emoções que nos assaltam na hora do adeus. O que fazer perante o
vazio deixado pelo desaparecimento de um animal que fez parte do nosso dia-a-dia? Como se processa
a eutanásia e como tomar a derradeira decisão? Como reagir a uma morte inesperada e violenta? Como
fazer com que os outros reconheçam a profundidade do nosso sofrimento? É difícil compartilhar a
tristeza, sobretudo porque não se trata da perda de um ser humano.
O Dr. Frantz Cappé, médico-veterinário, esclarece-nos sobre as necessidades dos gatos e cães na fase
final da vida e as dos seus donos, respondendo a estas e a muitas outras questões e recorrendo a vários exemplos. Fala também sobre os aspectos psicológicos do acompanhamento e do luto e ajuda a
ponderar o melhor momento para viver uma nova história com outro animal de estimação.

Sobre o autor:
Dr. Frantz Cappé. É veterinário, formado pela Faculdade de Medicina de Créteil e pela Escola Nacional de Veterinária de Alfort, em França. Exerce medicina e cirurgia veterinárias na sua clínica no centro de Paris desde 1996, sempre acompanhado pelos seus animais de estimação. Escreve artigos sobre os animais na imprensa e é muito activo nas redes sociais. Este é o terceiro livro
que publica, depois de Maan: Chroniques d’un vétérinaire atypique e Maan: Dans ses pensées.

02/01/2018

Paixão ou a vida a nu na obra-prima de Stendhal

Título: O Vermelho e o Negro
Autor: Stendhal
N.º de Páginas: 544
PVP: 24,00 €
Ficção/Literatura Estrangeira
Nas livrarias a 2 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse:
O Vermelho e o Negro é a obra-prima de Stendhal, onde melhor o autor desenvolveu a psicologia das suas personagens. Entre elas, destaca-se Julien Sorel, o herói do romance, uma das criações mais complexas da história da literatura. Filho maltratado de uma família pobre, está determinado a escapar às suas origens. Muitíssimo inteligente, de espírito calculista, embora orgulhoso e por isso incapaz de fazer cedências, às vezes idealista e apaixonado, outras cínico e inclemente: vive numa insatisfação permanente. Falta-lhe experiência de vida, é ambicioso, mas não tem os meios para satisfazer essa ambição. Dividido entre a Igreja e o Exército, entre sonhos de glória e uma existência subalterna, acumula vitórias e sofre derrotas. Todas estas contradições levarão à tragédia.
Stendhal deu ao mundo um livro que é mais do que um livro, é vida feita literatura. Lançou bases importantes para o desenvolvimento do romance moderno, influenciando muitos dos grandes escritores contemporâneos, como Hemingway, que considerava O Vermelho e o Negro um dos seus livros de eleição.

Sobre o autor: 
Stendhal. Marie-Henri Beyle, mais conhecido pelo seu pseudónimo Stendhal, nasceu a 23 de Janeiro de 1783, em Grenoble. Órfão de mãe com apenas sete anos, o pretexto de se matricular na École Polytechnique leva-o até Paris. Após ter integrado o exército napoleónico, alista-se no regimento em Itália. Com a queda de Napoleão, instala-se em Milão mas, por suspeita de espionagem, acaba por regressar a Paris. Foi nomeado cônsul francês em Trieste (1830) e em Civitavecchia (1831). Notabilizou-se como crítico, ensaísta e romancista: Histoire de la peinture en Italie (1817), Naples et Florence (1817), Do Amor (1822), Vie de Rossini (1824), Racine et Shakespeare (1823 e 1825), Armance (1827), Promenades dans Rome (1829). Dando primazia ao perfil psicológico e comportamental das personagens, o seu estilo declara-o como um dos primeiros praticantes do realismo. O Vermelho e o Negro (1830) e A Cartuxa de Parma (1839) consagram-no universalmente. Morre em 1842, em Paris, e obras autobiográficas, como Journal, Vie de Henri Brulard e Souvenirs d’égotisme, são já publicadas postumamente.